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CONSULTAS

GINECOLOGIA

Dr Marcelo Zaccaro, Consultas de rotina

Consultas de rotina

Mesmo estando tudo aparentemente bem com a saúde feminina, é importante ir ao Ginecologista ANUALMENTE . O ideal é ir á PRIMEIRA CONSULTA, após a primeira menstruação, já que a partir deste momento a menina é fértil e precisa de informações sobre seu corpo e o funcionamento dos ciclos menstruais – temas frenquentes, como são as cólicas menstruais, prevenção de uma gravidez indesejada e como se cuidar para não contrair DST’s (doenças sexualmente transmissíveis), sexualidade e autoconhecimento, leucorréias (ou corrimentos) entre outras questões comuns á vida da mulher jovem.
As consultas são oportunidades para tirar todas as duvidas, mesmo aquelas questões que deixem você com vergonha. Lembre-se que nós estamos sempre dispostos a ouvir e ajudar de maneira sigilosa e respeitosa.
É comum algumas mulheres sentirem-se constrangidas de ir a um ginecologista do sexo masculino. Sempre orientamos que nossa avaliação é isenta e profissional, pensando sempre na sua saúde.
Dores em baixo ventre, secreções vaginais, cólicas menstruais, dores nas mamas, e irregularidades na menstruação são motivos requerem uma avaliação médica.

A primeira consulta

A primeira consulta geralmente é um bate-papo para que o especialista conheça a toda a história de sua paciente. São feitas perguntas
relacionadas a doenças da infância, alergias, histórico ginecológico e obstétrico, enfermidades na família, parceiros,  hábitos de vida,
primeira menstruação, presença de cólicas e a regularidade dos ciclos menstruais. A confiança é a base de todas as relações humanas, e não
seria diferente no seu relacionamento com seu ginecologista. Passar informações corretas e completas, sem omissões é fundamental para o diagnostico e tratamento correto.

 

 

                                                     

 

                                                 

 

                                               Exames ginecológicos

  Mesmo meninas que ainda não iniciaram a vida sexual podem ser examinas, através da inspeção da vulva e mamas, além, obviamente do exame físico geral. Já aquelas que perderam a virgindade podem ter útero e ovários examinados através do exame de toque e exame especular. Pode ser um pouco incômodo, então a dica é relaxar e pensar que esse exame é necessário  para sua saúde.

Os exames ginecológicos servem para diagnosticar ou tratar algumas doenças como endometriose, HPV, corrimento vaginal ou sangramento fora do período menstrual. Eles servem para garantir o bem-estar e a saúde da mulher.

Geralmente é indicado que a mulher consulte um ginecologista uma vez ao ano, especialmente depois da primeira menstruação e também dependendo da fase da vida da mulher e se há sintomas de doenças ou não.

Alguns exemplos de exames ginecológicos que podem ser realizados pela mulher são:

Doenças : Ovários policísticos, útero aumentado, sangramento vaginal, dor pélvica, gravidez ectópica ou               infertilidade. 

Exame ginecológico : Ultrassonografia pélvica 

Informações : Permite observar os ovários e útero, ajudando na detecção  precoce de algumas doenças. 

Doenças : Infecções vaginais, alterações na vagina e útero indicativo de câncer.

Exame ginecológico : Papanicolau

Informações : É feito uma raspagem com uma espécie de cotonete no interior do colo do útero e o material recolhido é                analisado em laboratório.

Doenças : Infecções como sífilis, herpes, HIV e candidíase

Exame ginecológico : Rastreamento infeccioso 

Informações : É realizado análise de sangue.

Doenças : Alterações celulares benignas e e tumores vaginais

Exame ginecológico : Colposcopia

Informações : Permite a observação direta do colo do útero e de outras estruturas genitais.

Doenças : Infertilidade e salpingite

Exame ginecológico : Histerossalpingografia

Informações : Permite observar, através do uso de raio-x e líquido de contraste, o colo do útero e as trompas de Falópio.

Doenças : Miomas, câncer de útero e vagina. 

Exame ginecológico : Ressonância Magnética

Informações : Permite observar com boa resolução imagens das estruturas genitais para a detecção de alterações malignas. 

Doenças : Endometriose, gravidez ectópica, dor pélvica e infertilidade.

Exame ginecológico : Laparoscopia diagnóstica

Informações : Através do uso de um tubo fino e com luz, permite a visualização dos órgãos reprodutores dentro do abdômen.

 O médico ginecologista é o mais indicado para solicitar estes exames. Ele poderá indicar a realização de um ou mais exames ginecológicos para avaliar a região pélvica da mulher, sempre que a mulher apresente sintomas como dor pélvica, corrimento vaginal ou sangramento fora do período menstrual.

Exames ginecológicos, Dr. Marcelo Zaccaro
Exames preventivos do câncer, Dr. Marcelo Zaccaro
Exames preventivos do câncer de colo do útero

Detecção Precoce e Exame Preventivo ​

Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode ser feita através do exame preventivo (Papanicolaou). Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. Conforme a evolução da doença, aparecem sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor. O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença.

A colposcopia, a citologia oncótica e a biopsia de colo uterino (se necessária) são altamente sensíveis para esse diagnóstico. Uma vez que apareçam alterações sugestivas do HPV, principal vírus associado ao câncer de colo uterino, a EVOLUÇÃO para o Câncer, na maioria das vezes é lenta, levando até 10 anos para acontecer. Daí a importância do exame preventivo, pois sua realização periódica permite reduzir a mortalidade pela doença. A dica é, caso venha a acontecer uma alteração no exame (popular "mancha no colo uterino"), ou alteração no exame de Citologia acalme-se e mantenha o seguimento sugerido.

O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo,causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada.
Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) no  dia anterior ao exame; evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.
 Além da analise citológica (que avalia as células do colo uterino, também podem ser vistos microorganismos que sugerem ou não a presença de infecções ou são parte da flora vaginal, sendo essa analise sempre norteada pelos sinais e sintomas apresentados.

(VER VAGINOSE BACTERIANA E CANDIDÍASE).

O câncer do colo de útero é o segundo mais importante nas mulheres do Brasil, sendo previstos anualmente cerca de 17.000 novos casos, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres. Mais de 90% dos câncer de colo de útero estão associados ao HPV, um vírus de transmissão sexual, preferencial.  A prevenção desta doença se faz pelo uso de preservativos sexuais e sexo seguro. A prevenção secundária é realizada pelo exame ginecológico anual com a colheita do papanicolau.

A colposcopia é um exame que observa o colo de útero através de aparelhos que permitem visualizar as alterações microscópicas que o HPV causa.

Como é feito o exame

 • para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato);
• o profissional  faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero;
• a seguir, o profissional promove a escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha;
• as células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado.
Quem deve fazer e quando fazer o exame preventivo

Toda mulher que tem ou já teve vida sexual iniciada há mais de 18 meses até 64 anos de idade deve se submeter ao exame. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado periodicamente, muitas vezes a cada 2 ou 3 anos dependendo do protocolo adotado. No entanto, o exame ginecológico deve ser anual, com ou sem coleta de material para analise.  A mulher deve retornar para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e apresentá-lo ao médico. "Colher e não olhar o resultado é como não colher." Apesar da comodidade que alguns colegas ginecologistas oferecem a suas paciente de "avaliar o resultado de exame e avisar ao paciente por telefone, e-mail, etc., nós consideramos importante a avaliação presencial. Fazemos questão do retorno, sem ônus para reavaliação e resultado da citologia.

 

Colposcopia e vulvoscopia 

Colposcopia é um exame que permite visualizar a vagina e o colo do útero através de um aparelho chamado COLPOSCÓPIO. A vulvoscopia é a visualização da vulva com esse mesmo "microscópio".  Estes exames são grandes aliados no diagnóstico e tratamento do HPV da vulva, da vagina e do colo do útero. A colposcopia é indicada nos casos de resultados anormais do exame de papanicolau para se identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero.

Este aparelho permite o aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal.

O exame é realizado no próprio consultório médico com a paciente na mesa de exame. Após colocar o espéculo vaginal o médico examina a vulva, a vagina e o colo do útero.

Durante a colposcopia são usados produtos químicos e corantes para realce de áreas a serem examinadas, a colposcopia não dói.

Este exame é geralmente recomendado para mulheres que tem um resultado anormal do exame de papanicolaou ou para aquelas que durante o exame ginecológico foi notada alguma alteração, também é indicada quando é necessária uma biópsia do colo do útero ou quando há uma suspeita da presença do HPV.

EXAMES PREV. CÂNCER
Cir. Ginec
EXAMES GINEC
Cirurgias Ginecológicas, Dr. Marcelo Zaccaro

  CIRURGIAS GINECOLÓGICAS    

As cirurgias ginecológicas são realizadas em mulheres com diagnóstico de doenças no sistema reprodutor. A escolha da técnica cirúrgica mais adequada, e a indicação da cirurgia no momento oportuno são fundamentais para o sucesso cirúrgico. Conheça a seguir algumas das técnicas de cirurgias ginecológicas:
- Histerectomia total: cirurgia que retira totalmente o corpo e colo do útero. É utilizada no tratamento do de miomas grandes e múltiplos,sangramentos sem controle com medicamentos, prolapsos e alguns tipos de câncer. Geralmente a decisão de retirar o útero deve levar em consideração a prole da paciente, já que a partir de então não haverá mais onde gerar uma gestação. As vias cirúrgicas para a Histerectomia são a retirada do útero pela vagina (histerectomia vaginal), pelo abdome (corte um pouco menor que o corte da cesariana)  ou por vídeocirurgia.


- Histerectomia radical ou cirurgia de Wertheim-Meigs : procedimento realizado para o tratamento do câncer do colo de útero em fase avançada. Consiste na retirada total do colo e corpo do útero e ovários, além da parte superior da vagina, dos paramétrios (ligamentos ao lado do útero) e dos gânglios da pelve(linfonodos).
Colpoperineoplastia anterior - É o tratamento cirúrgico da distopia genital que ocorre quando a bexiga se torna "baixa" e com sensação incomodo ou bola na vagina. Este defeito da parede anterior da vagina pode estar associado a diminuição dos hormônios femininos, múltiplos partos vaginais ou com a própria idade.
Colpoperineoplastia posterior e tratamento de retocele -  É o tratamento cirúrgico da distopia genital que ocorre quando a há rotura perineal posterior, com sensação de flacidez vaginal, com sensação incomodo ou "bola" na vagina. Este defeito da parede posterior da vagina pode estar associado a diminuição dos hormônios femininos, múltiplos partos vaginais, episiotomia. ou com a própria idade.
Ninfoplastia e Clitoplastia - São cirurgias estéticas dos pequenos lábios e clitóris, que visam melhorar a autoimagem, ou mesmo aliviar dores no caso de pequenos lábios muito grandes que atrapalhem a relação sexual ou fiquem comprimidos pela roupa.
Cirurgias para tratamento de incontinência urinaria (Burch e Sling Transobturatório). A incontinência urinária feminina é uma doença multifatorial, cujo componente de esforço pode ser tratado cirurgicamente em alguns casos. Outros casos requerem fisioterapia perineal e até medicamentos. Ou mesmo as três terapêuticas combinadas. O Sling transobturatório consiste em passar uma tela de polipropileno na uretra média para evitar a hipermobilidade do colo uterino e diminuir a perda urinária. Já a cirurgia de Burch é feita por via abdominal e fixa a bexiga ao osso púbico, também diminuíndo essa perda urinaria de esforço (tosse, espirro e tarefas diárias)
- Traquelectomia ou Conização: é a retirada de parte do colo do útero. Geralmente utilizada para diagnosticar e tratar lesões do colo do útero, malignas em fase inicial ou lesões não malignas.
Bartolinectomia: É a retirada da glândula de Bartholin. Esta glândula localiza-se no introito vaginal bilateralmente e pode infectar, trazendo dor e incomodo local, a chamada Bartolinite. Nos casos de recidivas, está indicada, após o tratamento da infecção com antibióticos e a drenagem da secreção purulenta.
- Ooforectomia, Salpingectomia: e Anexectomia: Esses procedimentos incluem a ooforectomia e/ou a salpingectomia, ou seja, a retirada dos ovários e/ou trompas.
A Ligadura Tubária é a interrupção da continuidade da tuba uterina para a contracepção definitiva. Esse método é um dos mais seguros mas possui possibilidade estatística de falha do método em torno de 0,41%. Ou seja, 41 mulheres a cada 10.000 que fizerem a ligadura vão voltar a engravidar de maneira espontânea. Com o uso de pílulas anticoncepcionais, por exemplo essa chance de falha chega a 900 mulheres a cada 10.000.
- Linfadenectomia pélvica e omentectomia: retirada do tecido gorduroso e dos gânglios (linfonodos) que se encontram junto com os vasos e nervos da pelve, e do omento (tecido gorduroso abdominal) geralmente para aumentar as chances de cura e estadiamento de neoplasias malignas ginecológicas.
Histeroscopia: É a avaliação do útero através do colo uterino, com uma câmera, por onde é possível fazer procedimentos, como retirar pequenos miomas, pólipos ou corpo estranho (DIU retido).
-Laparoscopia ou cirurgia videolaparoscópica: É a visualização da cavidade uterina através de pequenos cortes no umbigo e na pelve (conhecida como cirurgia por "vídeo" popularmente) Nesta modalidade cirúrgica podemos abordar aderências, estudar a causa de infertilidade (obstrução das trompas) ou mesmo fazer avaliação e tratamento da endometriose. A ooforectomia e a ligadura também são comumente feitas com essa abordagem.

      Estas são algumas das cirurgias que realizo. Há outras como vulvectomia, colpofixação, reconstruções vaginais (neovagina), entre outros                         procedimentos que não são realizados com frequência.


***Os textos publicados aqui têm caráter informativo e não substituem a consulta médica. Para um diagnóstico correto agende uma consulta  e esclareça suas dúvidas.

End. Ginec

 

                                                 

 

                                                      Exames ginecológicos

  Mesmo meninas que ainda não iniciaram a vida sexual podem ser examinas, através da inspeção da vulva e mamas, além, obviamente do exame físico geral. Já aquelas que perderam a virgindade podem ter útero e ovários examinados através do exame de toque e exame especular. Pode ser um pouco incômodo, então a dica é relaxar e pensar que esse exame é necessário  para sua saúde.

Os exames ginecológicos servem para diagnosticar ou tratar algumas doenças como endometriose, HPV, corrimento vaginal ou sangramento fora do período menstrual. Eles servem para garantir o bem-estar e a saúde da mulher.

Geralmente é indicado que a mulher consulte um ginecologista uma vez ao ano, especialmente depois da primeira menstruação e também dependendo da fase da vida da mulher e se há sintomas de doenças ou não.

Alguns exemplos de exames ginecológicos que podem ser realizados pela mulher são:

Doenças : Ovários policísticos, útero aumentado, sangramento vaginal, dor pélvica, gravidez ectópica ou               infertilidade. 

Exame ginecológico : Ultrassonografia pélvica 

Informações : Permite observar os ovários e útero, ajudando na detecção  precoce de algumas doenças. 

Doenças : Infecções vaginais, alterações na vagina e útero indicativo de câncer.

Exame ginecológico : Papanicolau

Informações : É feito uma raspagem com uma espécie de cotonete no interior do colo do útero e o material recolhido é                analisado em laboratório.

Doenças : Infecções como sífilis, herpes, HIV e candidíase

Exame ginecológico : Rastreamento infeccioso 

Informações : É realizado análise de sangue.

Doenças : Alterações celulares benignas e e tumores vaginais

Exame ginecológico : Colposcopia

Informações : Permite a observação direta do colo do útero e de outras estruturas genitais.

Doenças : Infertilidade e salpingite

Exame ginecológico : Histerossalpingografia

Informações : Permite observar, através do uso de raio-x e líquido de contraste, o colo do útero e as trompas de Falópio.

Doenças : Miomas, câncer de útero e vagina. 

Exame ginecológico : Ressonância Magnética

Informações : Permite observar com boa resolução imagens das estruturas genitais para a detecção de alterações malignas. 

Doenças : Endometriose, gravidez ectópica, dor pélvica e infertilidade.

Exame ginecológico : Laparoscopia diagnóstica

Informações : Através do uso de um tubo fino e com luz, permite a visualização dos órgãos reprodutores dentro do abdômen.

 O médico ginecologista é o mais indicado para solicitar estes exames. Ele poderá indicar a realização de um ou mais exames ginecológicos para avaliar a região pélvica da mulher, sempre que a mulher apresente sintomas como dor pélvica, corrimento vaginal ou sangramento fora do período menstrual.

Endocrinologia Ginecológica, Dr. Marcelo Zaccaro
Colposcopia
Colposcopia Dr. Marcelo Zaccaro

                                                     Colposcopia

Colposcopia é um exame que permite visualizar a vagina e o colo do útero através de um aparelho chamado COLPOSCÓPIO. Estes exames são grandes aliados no diagnóstico e tratamento do HPV, Human Papiloma Virus, da vagina e do colo do útero. A colposcopia é indicada nos casos de resultados anormais do exame de papanicolau para se identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero.
Este aparelho permite o aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal.
O exame é realizado no próprio consultório médico com a paciente na mesa de exame. Após colocar o espéculo vaginal o médico examina a vulva, a vagina e o colo do útero. 

Durante a colposcopia são usados produtos químicos e corantes para realce de áreas a serem examinadas.
A colposcopia não dói.
Este exame é geralmente recomendado para mulheres que tem um resultado anormal do exame de papanicolaou ou para aquelas que durante o exame ginecológico foi notada alguma alteração.
A colposcopia também é indicada quando é necessária uma biópsia do colo do útero ou quando há uma suspeita de Papiloma Virus. ( HPV )

O câncer do colo de útero é o segundo mais importante nas mulheres do Brasil, sendo previstos anualmente cerca de 17.000 novos casos, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres.
Mais de 90% dos câncer de colo de útero estão associados ao HPV, um vírus de transmissão sexual.
A prevenção desta doença se faz pelo uso de preservativos sexuais e sexo seguro.
A prevenção secundária é realizada pelo exame ginecológico anual com a colheita do papanicolau.
A colposcopia é um exame que observa o colo de útero através de aparelhos que permitem visualizar as alterações microscópicas que o HPV causa.

DST

Doenças sexualmente transmissíveis (DST's)

DST'S, Dr. Marcelo Zaccaro

Sangramento uterino disfuncional 

Sangramento uterino disfuncional é o sangramento anormal que ocorre sem evidências clínicas ou ultrassonográficas de anormalidades (anormalidades ginecológicas estruturais, câncer, inflamações, doenças sistêmicas, gravidez, complicações de gravidez, uso de anticoncepcionais ou certas drogas). O tratamento costuma ser feito com hormonioterapia, em geral contraceptivos orais.

O SUD, a causa mais comum de sangramento uterino anormal, ocorre com mais frequência em mulheres com mais de 45 anos de idade (mais de 50% dos casos) e em adolescentes (20% dos casos).

Cerca de 90% dos casos são anovulatórios e 10% ovulatórios.

Fisiopatologia

Durante um ciclo anovulatório, o corpo lúteo não se forma. Portanto, a produção cíclica normal de progesterona não ocorre e o estrogênio estimula o endométrio sem a contraposição da progesterona. Sem progesterona, o endométrio continua a proliferar, eventualmente além do seu suprimento sanguíneo. Ele então se solta e sangra irregularmente e, algumas vezes, em grande quantidade ou por um longo período. Quando esse processo ocorre repetidamente, o endométrio pode se tornar hiperplásico, às vezes com atipias ou células cancerígenas.

No SUD ovulatório, a secreção de progesterona é prolongada. A descamação irregular do endométrio ocorre provavelmente porque os níveis de estrogênio permanecem baixos até o limiar da menstruação. Em obesas, pode ocorrer SUD ovulatório se os níveis de estrogênios estiverem elevados, resultando em amenorreia alternada com irregulares e prolongados períodos de sangramento vaginal.

Complicações

O sangramento crônico pode causar anemia ferropriva. Se o SUD se deve à anovulação crônica, infertilidade pode estar associada.

Etiologia

O SUD anovulatório pode ser consequência de qualquer desordem que cause anovulação (verAlgumas causas de amenorreia anovulatória). A anovulação, com mais frequência, é secundária à síndrome de ovário policístico ou é idiopática (às vezes ocorrendo com níveis normais de gonadotrofinas); em alguns casos, a anovulação resulta de hipotireoidismo. Durante a perimenopausa, SUD pode ser um sinal precoce de falência ovariana. Apesar dos níveis elevados de FSH, os folículos ainda se desenvolvem, mas não produzem estrogênios suficientes para desencadear a ovulação. Cerca de 20% das mulheres com endometriose ( Endometriose) têm SUD anovulatório de causa desconhecida.

O SUD ovulatório pode ocorrer em pacientes com síndrome de ovário policístico (porque a secreção de progesterona é prolongada) ou em pacientes com endometriose que não afeta a ovulação. Outras causas são a fase folicular curta e a fase lútea disfuncional (devido ao estímulo inadequado de progesterona no endométrio). Uma queda rápida de estrogênio, antes da ovulação, pode causar escapes menstruais.

Sinais e sintomas

Em comparação com a menstruação típica, o sangramento pode

  • Ocorrer com mais frequência (< 21 dias de intervalo – polimenorreia)

  • Envolver maior perda de sangue (> 7 dias ou > 80 ml) durante a menstruação (menorragia ou hipermenorreia)

  • Ocorrer de forma frequente e irregular entre a menstruação (metrorragia)

  • Envolver maior perda de sangue durante a menstruação, bem como sangramento frequente e irregular entre a menstruação (menometrorrhagia)

O SUD tende a causar sangramento excessivo durante os ciclos menstruais regulares. As mulheres podem ter outros sintomas de ovulação, como sintomas pré-menstruais, mastalgia, dor da ovulação, mudança na temperatura basal ( Disfunção ovulatória) e, às vezes, dismenorreia. O SUD anovulatório ocorre em intervalos imprevisíveis e não é acompanhado de mudanças na temperatura.

Diagnóstico

  • Excluir outras causas potenciais

  • Hemograma, teste de gravidez e avaliação hormonal (TSH, prolactina)

  • Em geral, ultrassonografia transvaginal e biopsia de endométrio

As mulheres devem ser avaliadas quanto a SUD quando a quantidade ou o tempo de sangramento vaginal for inconsistente com a menstruação normal. SUD é um diagnóstico de exclusão; outras condições que podem causar hemorragias semelhantes devem ser excluídas ( Sangramento vaginal). A gravidez deve ser excluída, mesmo em jovens adolescentes e mulheres na perimenopausa. Distúrbios de coagulação devem ser considerados, especialmente em adolescentes com anemia e que requerem hospitalização pelo sangramento. Ciclos regulares com sangramento excessivo ou prolongado (possivelmente SUD ovulatório) sugerem anormalidades estruturais.

Exames laboratoriais

Vários testes são realizados:

  • Beta-hCG urinário

  • Hemograma completo

  • TSH, prolactina e progesterona

Todas as mulheres em idade reprodutiva devem realizar teste de gravidez. O hemograma é realizado de rotina. Entretanto, o hematócrito pode estar normal em mulheres com sangramento excessivo ou anemia grave pode ocorrer em pacientes com sangramentos excessivos crônicos. O nível de ferritina sérica, que reflete as reservas de ferro do corpo, é medido, se as mulheres têm sangramento crônico e massivo.

Os níveis de TSH em geral são mensurados e a prolactina deve ser medida, mesmo em casos sem galactorreia, uma vez que distúrbios na tireoide e hiperprolactinemia são causas comuns de sangramento anormal. Para determinar se o sangramento é ovulatório ou não, alguns clínicos dosam os níveis de progesterona na fase lútea (depois do 14o dia de um ciclo normal ou após o aumento de temperatura basal que ocorre nessa fase). Valores ≥ 3 ng/ml (≥ 9,75 nmol/l) sugerem que ocorreu a ovulação.

Outros testes são realizados, dependendo dos resultados da história e do exame físico, incluindo o seguinte:

  • Coagulograma, se a paciente tiver fatores de risco para distúrbios de coagulação, hemorragias ou hematomas

  • Função hepática, se houver suspeita de uma doença hepática

  • Testosterona e SDHEA, se houver suspeita de síndrome de ovário policístico

  • FSH e estradiol, se for possível falência ovariana prematura

  • Colpocitologia oncótica, se necessário (p. ex., teste de Papanicolaou), se os resultados estiverem vencidos

  • Rastreamento de Neisseria gonorrhoea e Chlamydia sp, se houver suspeita de doença inflamatória pélvica ou cervicite

Se todos os testes estiverem normais, o diagnóstico é de SUD.

Exames adicionais

Deve-se realizar ultrassonografia transvaginal, se a mulher tiver qualquer dos seguintes critérios:

  • Idade ≥ 35

  • Fatores de risco para câncer de endométrio (p. ex., obesidade, diabetes, hipertensão, síndrome do ovário policístico, anovulação eugonadal crônica, hirsutismo e outras condições associadas à exposição prolongada a estrógenos)

  • Sangramento que continua apesar de hormonioterapia empírica

  • Órgãos pélvicos que não podem ser analisados de forma adequada durante o exame físico

  • Evidência clínica que sugere anormalidades nos ovários ou no útero

Esses critérios incluem quase todas as mulheres com SUD.

Ultrassonografia transvaginal pode detectar anormalidades estruturais, incluindo a maioria dos pólipos, miomas, outras massas, câncer endometrial e quaisquer áreas de espessamento focal do endométrio. Se for observado espessamento focal do endométrio, pode ser necessário realizar histeroscopia ou histerossonografia para identificar pequenas massas intrauterinas (p. ex., pólipos endometriais, miomas submucosos). Histerossonografia (ultrassonografia após infusão de solução fisiológica no útero) é útil na avaliação dessas alterações; é utilizada para determinar se a histeroscopia, um exame mais invasivo, é indicada para planejar a ressecção de massas intrauterinas.

 

                                       

 

                                               Pesquisa de infertilidade

Durante muito tempo, difundiu-se o pensamento de que era a mulher a responsável pela geração dos filhos do casal. Logo, se o casal não tivesse filhos, o problema era da mulher. Naquela ocasião, essas conclusões eram validadas mais pelos conceitos sociais vigentes do que pela ciência. No entanto, em parte graças a esses pensamentos, ocorreu um estudo mais detalhado da fisiologia da reprodução feminina, de sorte que os muitos fatos ligados ao lado feminino da reprodução puderam ser melhor esclarecidos.

Nos dias atuais, muito embora seja conhecido que as causas de infertilidade são iguais entre o homem e a mulher, o estudo da fisiologia feminina, iniciado mais precocemente, deixou um legado em termos de diagnóstico e tratamento mais volumoso que os estudos masculinos.

De um modo geral, as causas de infertilidade conjugal ligadas ao fator feminino podem ser divididas em 4 grupos:

1. Causas Ovarianas e Ovulares :

Uma das doenças que cursa com falta de ovulação é a chamada síndrome dos ovários policísticos (ou síndrome da anovulação crônica) em que a paciente tem sangramento uterino irregular, em geral a cada 2 ou 3 meses, e o exame ultrassonográfico mostra a presença de inúmeros folículos ovarianos (bolsas de líquido que podem conter, cada uma, um óvulo) situados frequentemente na periferia dos ovário (veja na figura). Como essas pacientes podem ter aumento de hormônios masculinos (andrógenos), algumas vezes apresentam aumento de pelos e, mais raramente, queda de cabelos. Podem, ainda, apresentar obesidade e dificuldade do corpo em assimilar os hidratos de carbono (presentes em doces e alimentos farináceos: bolos, tortas, etc.), por insuficiência da ação da insulina.

Na insuficiência ovariana prematura (ou menopausa precoce), os ovários deixam de maturar os óvulos, de modo que cessa a ovulação. Em geral, as pacientes têm ausência de ciclo menstrual e sintomas semelhantes aos da menopausa (em especial, os fogachos ou ondas de calor). As causas da doença são múltiplas: radiação, quimioterapia, síndromes genéticas, infecções ovarianas, doenças autoimunes e outras.

A secreção, em excesso, de prolactina (hiperprolactinemia) altera os mecanismos de controle dos ovários e induz à falhas várias no ciclo menstrual, que podem culminar com a falta de ciclo menstrual e de ovulação. Da mesma forma, doenças que afetam a tireóide (especialmente o hipotireoidismo) possibilitam a produção de  alterações semelhantes.Outra causa muito importante na redução de óvulos é a idade da mulher. Com o envelhecimento, a mulher progressivamente produz óvulos em menor quantidade e de baixa qualidade. Esse processo basicamente se inicia aos 37 anos.

2. Causas tubárias e do canal endocervical :

A obstrução tubária impede a captação e o transporte do óvulo, de forma que não há possibilidade de sua fertilização pelo espermatozoide. Eventualmente, as tubas se dilatam muito, o que é visível em exame especializado. São duas as principais causas dessa doença: a endometriose e as infecções pélvicas.

Na endometriose, fragmentos do endométrio penetram nas tubas (menstruação retrógrada) e produzem inflamação, que acaba por alterar a função da tuba, que é o transporte de gametas. Algumas vezes, a endometriose se estende aos ovários também, prejudicando a formação dos folículos. Há pacientes que têm uma forma mais grave de endometriose, que se inicia quando começam a menstruar: em geral, são pacientes mais jovens e, nesse caso, o risco para a fertilidade é maior devido ao potencial mais agressivo da doença.

Um sintoma muito típico dessa doença é a dor durante as relações sexuais e as cólicas menstruais muito fortes.

As infecções pélvicas, que, em muitos casos são assintomáticas, são causadas por microorganismos que podem migrar da vagina para o útero e tubas. Como a endometriose, produz inflamação cuja cura promove cicatrização que acaba por alterar o funcionamento das tubas Quanto maior a frequência de infecções ginecológicas, maior a chance de ocorrer comprometimento das tubas.

O muco cervical, secretado pela cérvice (colo do útero), deve ser penetrado pelo espermatozoide, em seu caminho para fertilizar o óvulo. Sua secreção depende de hormônios produzidos pelos folículos ovarianos (estradiol); logo, alterações da ovulação podem, indiretamente, dificultar a produção do muco. Outras condições que alteram a secreção desse muco e contribuem para a infertilidade:  são as cauterizações do colo do útero e as cirurgias para câncer do colo.

3. Causas ligadas à Fertilização :

A fertilização depende do vigor do espermatozoide e do óvulo. Em primeiro lugar, o espermatozoide deve perfurar a camada externa do óvulo e penetrar no interior dessa célula. Nessa ocasião, por meio de um processo que envolve os cromossomos dos dois gametas, forma-se o ovo ou zigoto que inicia uma divisão celular e formará, futuramente, o embrião. Se houver defeitos nos cromossomos ou nas outras estruturas que regulam a fusão dos dois gametas, não haverá fertilização. Quanto maior a idade do paciente (especialmente da mulher) maior a dificuldade para a fertilização. Da mesma forma, a exposição a fatores de risco (raios X, radiações, medicamentos tóxicos) podem dificultar ou impedi-la.

4.  Causas ligadas à implantação do embrião :

A implantação é a penetração do embrião na camada que reveste a cavidade uterina, chamada endométrio. Esse revestimento é preparado para receber o embrião formado após a ovulação e fertilização. Os hormônios femininos (estrógeno e progesterona) são responsáveis pela preparação do endométrio, durante o ciclo menstrual. Portanto, falhas hormonais podem produzir um endométrio inadequado para a implantação. As condições que  reduzem a probabilidade de implantação são:

  • O desenvolvimento inadequado do endométrio: mesmo com os hormônios normais, ele pode reagir exageradamente e produzir uma condição não favorável para a gravidez: a hiperplasia. Algumas vezes, essa hiperplasia é localizada, formando um pólipo. Quando o endométrio não cresce ou cresce muito pouco, falamos em hipoplasia, também negativa para a implantação;

  • As infecções endometriais (endometrites), causadas por doenças  sexualmente transmissíveis ou pela manipulação da cavidade endometrial (em curetagens, por exemplo).

  • As sinéquias uterinas: são como cicatrizes dentro da cavidade uterina, provenientes de infecções ou curetagens. Além de dificultarem a implantação, são causa de abortamento;

  • As malformações uterinas: embora algumas alterações desse tipo não impeçam completamente a gravidez, podem dificultar sua obtenção e causar abortamento (como o útero bi ou unicorno);

  • Os miomas: embora sejam mais ligados a processos de abortamento, acredita-se que, se grandes e localizados imediatamente abaixo da cavidade, invadindo-a, podem prejudicar também a implantação do embrião.

 

 

                                                    Contracepção

Os métodos contraceptivos são métodos que são utilizados para evitar a gravidez. Também podem ser utilizados para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis. Alguns exemplos de métodos contraceptivos são: 

  • pílula anticoncepcional;

  • preservativo;

  • espermicida sob a forma de espuma, creme ou gel;

  • coito interrompido, que é a retirada do pênis antes da ejaculação (falha);

  • diafragma;

  • implantes contraceptivos;

  • tabelinha (falha);

  • dispositivo intrauterino - DIU, que pode ou não conter hormônios. 

  • esterilização cirúrgica: ligadura das trompas nas mulheres e vasectomia nos homens;

  • abstinência sexual.

Os métodos mais eficazes na prevenção da gravidez são os contraceptivos orais, os implantes, os contraceptivos injetáveis e os dispositivos intrauterinos, porque  fornecem uma proteção a longo prazo e não dependem de decisões tomadas no último instante como no caso do coito interrompido, dos espermicidas ou do diafragma.

Métodos contraceptivos masculinos

Os métodos contraceptivos masculinos são a camisinha (preservativo), vasectomia, abstinência sexual e o coito interrompido, sendo que o coito interrompido é desaconselhado pois pode causar uma gravidez indesejada e não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Métodos contraceptivos de barreira

Os métodos contraceptivos de barreira são aqueles que formam uma barreira e impede o encontro dos espermatozoides com o óvulo e por isso impossibilitam uma gravidez. Alguns exemplos são: preservativo, diafragma.

Métodos contraceptivos hormonais

Os métodos contraceptivos hormonais são aqueles que alteram a capacidade de maturação do óvulo e por isso a mulher não tem período fértil. Alguns exemplos são: pílula anticoncepcional, adesivo anticoncepcional, DIU com hormônios, anel vaginal, implante, injeção mensal e trimestral.

Como escolher o melhor método contraceptivo

Para escolher o melhor método contraceptivo deve-se conversar com o ginecologista, pois é importante saber como está sua saúde e como utilizá-lo corretamente para que seja realmente eficaz na prevenção da gravidez. Qualquer método contraceptivo pode falhar, mas para evitar que elas aconteçam deve-se utilizar o mesmo método contraceptivo por no mínimo 3 meses e de forma correta.

Contracepção
Pesq Inf
Miomatose
Incont Urin
Vag Bac
Candidíase
Sífilis
Candidíase, Dr. Marcelo Zaccaro
Métodos contraceptivos, Dr. Marcelo Zaccaro
TRICOMONÍASE

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros micróbios que se transmitem, principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.

Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da Aids, o HIV. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A Aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da Aids, também na amamentação.

O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças.

                                               

                                     Saiba mais sobre algumas doenças sexualmente transmissíveis :

 AIDS : 

A AIDS, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana - da sigla em inglês).

A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vunerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.

O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.

O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, ainda assim, podem transmitir o vírus a outras pessoas

Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem qualquer outro sintoma. À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças oportunistas, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema imunológico saudável.

Cancro Mole

O cancro mole pode ser chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é "cavalo". Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil.

Formas de contágio

A transmissão ocorre pela relação sexual com uma pessoa infectada, sendo o uso da camisinha a melhor forma de prevenção.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e fraqueza - aparecem de dois a 15 dias após o contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas feridas com pus nos órgãos genitais, que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade. A seguir, aparecem outras lesões em volta das primeiras.

Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode dificultar os movimentos da perna de andar. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada ou misturada com sangue.

Nos homens, as feridas aparecem na cabeça do pênis (glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre, a ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.

Clamídia e Gonorreia

Clamídia e gonorreia são infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde. A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde.

Sinais e sintomas

Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito comum estar doente e não ter sintoma algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de saúde periodicamente, em especial se houve sexo sem camisinha. Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber. Para evitar, é necessário o uso da camisinha em todas as relações sexuais.

Diagnóstico

Por meio da consulta com um profissional de saúde, exame clínico específico e coleta de secreções genitais.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, com o uso de antibióticos específicos.

Oftalmia Neonatal

É uma conjuntivite do recém-nascido após contaminação durante o nascimento, com secreções genitais da mãe infectada por clamídia e gonorreia, que não foram tratadas. Surge no primeiro mês de vida e pode levar à cegueira, se não prevenida ou tratada adequadamente.

Sinais e sintomas - Vermelhidão e inchaço das pálpebras e/ou presença de secreção (pus) nos olhos.

Prevenção - Deve ser feita a prevenção em todos os recém-nascidos com um colírio, aplicado na primeira hora após o nascimento ainda na maternidade.

Tratamento - Toda oftalmia neonatal deve receber tratamento imediato para as principais bactérias causadoras (gonococo, causador da gonorreia e clamídia), a fim de prevenir consequências graves, como a cegueira. A mãe e seu(s) parceiro(s) sexuais devem sempre ser avaliados e tratados.

Condiloma acuminado (HPV)

Condiloma acuminado (HPV)

O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e no ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito de rotina por todas as mulheres.

Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

Sinais e Sintomas

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Formas de contágio

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual, que inclui o contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, a infecção pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Para a transmissão, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas, mas quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Vacina

Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é bivalente, específica para os subtipos de HPV 16 e 18.

A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.

É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST.

Para maiores informações sobre a vacinação contra o HPV, informe-se no site do Ministério da Saúde.

Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) pode ser causada por várias bactérias que atingem os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários, causando inflamações.

Formas de contágio

Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra DST, principalmente gonorreia e clamídia não tratadas. Entretanto também pode ocorrer após algum procedimento médico local (inserção de DIU - Dispositivo Intra-Uterino, biópsia na parte interna do útero, curetagem).

Sinais e sintomas

A DIP manifesta-se por dor na parte baixa do abdômen (no "pé da barriga" ou baixo ventre). Também pode haver secreção vaginal (do colo do útero), dor durante a relação sexual, febre, desconforto abdominal, fadiga, dor nas costas e vômitos. Pode haver evolução para forma grave, com necessidade de internação hospitalar tratamento com antibióticos por via venosa.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar imediatamente um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Donovanose

É uma infecção causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, que afeta a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É mais frequente no Norte do Brasil e em pessoas com baixo nível socioeconômico e higiênico.

Sinais e sintomas

Os sintomas incluem caroços e feridas vermelhas e sangramento fácil. Após a infecção, surge uma lesão nos órgãos genitais que lentamente se transforma em úlcera ou caroço vermelho. Essa ferida pode atingir grandes áreas, danificar a pele em volta e facilitar a infecção por outras bactérias. Como as feridas não causam dor, a procura pelo tratamento pode ocorrer tardiamente, aumentando o risco de complicações.

Tratamento

O tratamento, com uso de antibióticos, deve ser prescrito pelo profissional de saúde após avaliação cuidadosa. Deve haver retorno após término do tratamento para avaliação de cura da infecção. É necessário evitar contato sexual até que os sintomas tenham desaparecidos e o tratamento finalizado.

Hepatites Virais

Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Tipos de hepatites:

Hepatite A

Hepatite B

Hepatite C

Hepatite D

Hepatite E

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações.

Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);

Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);

Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D)

 

No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.

A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

Sintomas

Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas, o que reforça a necessidade de ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam os vários tipos de hepatites. Geralmente, quando os sintomas aparecem a doença já está em estágio mais avançado. E os mais comuns são:

. Febre;

. Fraqueza;

. Mal-estar;

. Dor abdominal;

. Enjoo/náuseas;

. Vômitos;

. Perda de apetite;

. Urina escura (cor de café);

. Icterícia (olhos e pele amarelados);

. Fezes esbranquiçadas.

Herpes

É uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero).

Formas de contágio

O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) sem camisinha com uma pessoa infectada. Em mulheres, durante o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante apresentar lesões por herpes. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas e não furar as bolhas.

Sinais e sintomas

Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Não furar as bolhas e não aplicar pomadas no local sem recomendação profissional.

​​Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano (HTLV)

A doença é causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV), que infecta as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II.

Formas de contágio

A transmissão desse vírus se dá pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada, compartilhamento de seringas e agulhas durante o uso de drogas e da mãe infectada para o recém-nascido (também chamado de transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno. Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com ninguém. O preservativo está disponível gratuitamente na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (136).

Sinais e sintomas

A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV não apresentam sintomas durante toda a vida. Mas um pequeno grupo dos infectados pode desenvolver manifestações clínicas graves, como alguns tipos de câncer, além de problemas musculares (polimiosite), nas articulações (artropatias), nos pulmões (pneumonite linfocítica), na pele (dermatites diversas), na região ocular (uveíte), além da síndrome de Sjögren, doença autoimune que destrói as glandulas que produzem lágrima e saliva.

Tratamento

Como o risco do desenvolvimento da doença associado ao HTLV é muito baixo, não há tratamento específico para a infecção. O paciente deve ser acompanhado em serviço de saúde especializado, para diagnosticar e tratar precocemente doenças que podem estar associadas.

Linfogranuloma Venéreo

É uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha.

Formas de contágio

A transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, é preciso usar camisinha sempre e cuidar da higiene íntima após a relação sexual.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de três a cinco dias. É preciso estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão, além de passageira, não é facilmente identificada. Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor nas articulações, febre e mal estar.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, que consiste em uso de antibióticos por tempo determinado.

 

 

 

 

 

                                         Sífilis e Sífilis Congênita

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.

Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

Formas de contágio

A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.

Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

Diagnóstico

Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito trinta dias após o contágio.

Tratamento

Recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as orientações médicas para curar a doença.

Sífilis congênita

É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.

Sinais e sintomas

A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.

O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.

Tratamento

Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.

Cuidados com o recém-nascido

Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma série de exames antes de receber alta.

Tricomoníase

É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis.

Formas de contágio

A doença pode ser transmitida pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. Para evitá-la, é necessário usar camisinha em todas as relações sexuais (vaginais, orais ou anais). É a forma mais simples e eficaz de evitar uma doença sexualmente transmissível.

Sinais e sintomas

Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas não sente alterações no organismo.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Os parceiros também precisam de tratamento, para que não haja nova contaminação da doença.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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                                                                                        Candidíase

A candidíase é uma infecção fúngica que pode afetar áreas tais como a pele, órgãos genitais, garganta, boca e sangue.

​​Esta doença é geralmente causada pelo fungo Candida Albicans que convive normalmente em sua pele e geralmente não faz mal algum.​​

Todos nós carregamos este organismo em nossa pele, na boca, em nosso intestino e no caso das mulheres, na vagina.

Ocasionalmente, o fungo se multiplica ou fermenta incontrolavelmente, causando dor e inflamação.

A Candidíase pode afetar a pele. Isto inclui a superfície externa da pele e a pele da vagina, o pênis, e a boca. A candidíase também pode infectar o fluxo de sangue ou órgãos internos tais como o fígado e baço.

De longe, os problemas mais comuns são pele, boca e infecções vaginais. Também é uma causa comum de assaduras. Estas podem ser infecções incômodas, mas não são uma ameaça à vida.

Candidíase pode matar se atingir a corrente sanguínea ou órgãos vitais, como o coração, mas isso é raro, mesmo em pessoas com sistemas imunológicos fracos e é quase desconhecido em pessoas saudáveis.

No entanto, a candidíase é um incômodo constante, e às vezes uma séria ameaça para as pessoas com AIDS e alguns pacientes com câncer que não têm um sistema imunológico forte suficiente para combater a doença.

Causas

Você não pega a candidíase. O fungo já está em seu corpo. Uma série de fatores pode aumentar a chance do fungo crescer fora de controle. A principal causa é o uso excessivo de antibióticos.

O fungo precisa lutar pelo direito de viver em nosso corpo com vários outros organismos, muitos deles bactérias. Estas bactérias, que vivem na pele, no intestino e na vagina, entre outros lugares, são inofensivas, mas são boas no combate aos fungos.

Quando tomamos antibióticos para lidar com a bactéria menos amigável, podemos matar esses organismos inofensivos também. O fungo, que não é afetado por antibióticos, muda-se para as áreas antes ocupadas por bactérias e começa a crescer e se multiplicar.

Esteroides e alguns medicamentos para o câncer enfraquecem o sistema imunológico e podem permitir que o fungo floresça. As infecções da Candida Albicans na boca (conhecido como candidíase oral) na maioria das vezes se desenvolve em pessoas com doenças como câncer e AIDS.

Elas também podem se desenvolver em pessoas com diabetes ou em pessoas que têm irritação com o uso prolongado de dentaduras. Tomar pílulas anticoncepcionais aumenta suas chances de obter a candidíase vaginal. O clima quente e roupas apertadas também são fatores de risco, como eles criam o ambiente ideal para a cândida.

Outras condições que tendem a encorajar a candidíase incluem obesidade e gravidez. O fungo geralmente infecta áreas onde a pele entra em contato com a pele.

Pessoas muito acima do peso têm mais dobras em sua pele. Elas também suam mais e a Candida albicans aprecia a pele úmida.

A gravidez causa obesidade temporária e pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções fúngicas.

Especialistas discordam sobre a questão da transmissão sexual. Algumas pesquisas sugerem que é muito improvável para uma mulher infectada passar candidíase para o homem. Por outro lado, não é improvável que um homem possa passar a candidíase de volta ao seu parceiro depois dele contrai a doença, pois a candidíase pode ser recorrente no homem.

Uma pesquisa recente identificou Candida albicans no esperma de homens cujos parceiros tinham sofrido de infecções fúngicas recorrentes. Você deve estar ciente desta possibilidade, se a candidíase continuar voltando.

Sintomas e Complicações

A candidíase da pele aparece como uma mancha avermelhada e com coceira, muitas vezes apresentando vazamento de fluido.

Crostas e pústulas podem ser vistas ao redor da borda da erupção. São normalmente encontradas em áreas como a virilha, as dobras das nádegas, entre os seios, dedos dos pés, dedos das mãos e no umbigo.

A candidíase vaginal pode resultar em um vazamento lento de uma substância espessa e branca. A vagina pode coçar ou queimar, especialmente durante a micção ou sexo. Dor ou desconforto durante a relação sexual é comum.

A micose de unha é a candidíase nas unhas. Ela atinge pessoas cujas mãos estão sempre na água. Às vezes apresenta-se de forma avermelhada e com uma área inchada dolorosa ao redor da unha. Nos piores casos, a unha pode separar, revelando uma camada branca ou amarelada.

A candidíase oral provoca manchas brancas com aspecto de coalhada no interior da boca, na língua, no palato e ao redor dos lábios. Ela também pode causar áreas avermelhadas com rachaduras e humidade nos cantos da boca. Esta forma de candidíase pode ou não ser dolorosa.

A candidíase peniana é rara, mas pode causar uma ponta avermelhada, inchada e dolorosa.

Diagnóstico – Exame para Candidíase

Para fazer um diagnóstico o médico irá perguntar sobre sua dieta e uso recente de antibióticos ou medicamentos que podem enfraquecer o sistema imunológico. O médico também levará em consideração qualquer história de diabetes, câncer, HIV ou outras doenças crônicas.

A candidíase é fácil de identificar. O fungo pode ser visto sob um microscópio depois de ter sido raspado na área afetada. Porém como o fungo normalmente já está na pele, o seu médico vai querer ter certeza de que é a candida causando o problema e não outra doença. O aparecimento da erupção cutânea pode ser o suficiente.

Tratamento e Prevenção da Candidíase

A Candidíase não é normalmente uma doença perigosa, exceto em casos raros em que entra na corrente sanguínea e se espalha para órgãos vitais de pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos.

Medicamentos para Candidíase

Para a infecção da pele, o seu médico pode recomendar um creme antifúngico ou pó, ou prescrever uma pílula anti-fúngo. Para infecções vaginais, o tratamento consiste em medicamentos anti-fúngicos que são administrados diretamente na vagina na forma de comprimidos, cremes, pomadas ou supositórios, ou administrados por via oral (por exemplo, o fluconazol).

Para candidíase oral, uma suspensão de medicamento antifúngico pode ser aplicada na boca e engolida, ou às vezes o médico terá que dissolver uma pastilha na boca.

Para os casos graves, pode ser necessária medicação antifúngica tomado por via oral durante vários dias. Fale com o seu farmacêutico – você pode comprar muitos dos cremes e produtos em pó destinados à infecções menores sem receita médica.

Aqui estão algumas dicas de higiene para ajudar a prevenir a candidíase vaginal:

  • Limpe da frente para trás depois de ir ao banheiro – a área retal é cheia de fungos

  • Tome banho de banheira e não em chuveiro sempre que possível – sentar na banheira pode limpar os fungos da área vaginal

  • Seque-se completamente, especialmente os pelos pubianos – use um secador de cabelo se precisar

  • Não use sabão em torno da vagina – sabão mata as bactérias que você deseja manter, e não tem nenhum efeito sobre o fungo

  • Esterilize ou jogue fora as roupas íntimas que você usou durante sua última infecção – a máquina de lavar não é quente o suficiente, você deve ferver se quiser manter as roupas. Substitua os diafragmas.

  • Evite produtos químicos como tampões desodorizantes e duchas vaginais

Estas precauções também podem ajudar a prevenir a candidíase:

  • Use calcinha de algodão mais soltas

  • Evite meias calças apertadas

  • Coma iogurte com culturas ativas, especialmente se tiver sido recomendado a tomar antibióticos – iogurte pasteurizado não é eficaz.

  • Reduza o consumo de açúcar e álcool (comidas favoritas do fungo)

  • Considere mudar de pílula – se você já teve infecções recorrentes, converse com seu médico sobre como alterar sua pílula anticoncepcional e ver se isso ajuda

  • Certifique-se o seu parceiro não está infectado

  • Não peça antibióticos se você tem um resfriado ou uma gripe – a gripe é causada por vírus, portanto tomar antibióticos não vai ajudar e eles podem provocar candidíase.

 

 

 

                           

                                           

 

                                                  Vaginose Bacteriana

A vaginose bacteriana ou”VB” é uma infecção vaginal causada pelo crescimento exagerado de uma bactéria anaeróbica e de um organismo chamado Gardnerella vaginalis. “Anaeróbica” significa que a bactéria não precisa de oxigênio para crescer ou sobreviver. Pequenas quantidades dessa bactéria anaeróbica e da Gardnerella podem ser normalmente encontradas na vagina. Vaginose bacteriana ocorre quando o equilíbrio entre os organismos da vagina é alterado, e a bactéria anaeróbica cresce de maneira exagerada. Assim, a bactéria Lactobacilli, boa e protetora para a vagina,  tem seu número ultrapassado e não é capaz de fazer seu trabalho usual, agindo como um desinfetante natural e ajudando a manter o equilíbrio normal e saudável dos organismos da vagina. Quando isso acontece, uma infecção se inicia.

A causa exata do crescimento bacteriano exagerado é desconhecida. A maioria dos especialistas acredita que a VB não ocorre em mulheres que não são sexualmente ativas, e pesquisadores demonstraram que ela é mais comum em mulheres com múltiplos parceiros. Vaginose bacteriana pode ocorrer também após uma relação sexual com um novo parceiro e após uma ducha vaginal. Mulheres lésbicas também têm vaginose bacteriana, e até mulheres que nunca foram sexualmente ativas também podem apresentar vaginose bacteriana.

Sinais/sintomas de vaginose bacteriana

É fato que 50-75% das mulheres que têm vaginose bacteriana não apresentam nenhum sintoma, mas aquelas que têm sintomas geralmente se queixam de um cheiro vaginal de peixe ou de um fino corrimento esbranquiçado ou acinzentado. O corrimento pode ser leve ou forte. O cheiro pode piorar próximo ao período menstrual ou após relação sexual desprotegida. Quando o sêmen (esperma masculino) se mistura com as secreções vaginais, o cheiro fica forte. Sintomas muito comuns incluem: prurido vaginal, vermelhidão e dor com a relação sexual.

Seu médico pode notar corrimento vaginal ou odor forte durante o seu exame pélvico de rotina e, então, realizar um teste dos fluidos vaginais para verificar se o corrimento vaginal tem vaginose bacteriana ou outro tipo de infecção vaginal. Se você apresentar vaginose bacteriana, seu médico lhe dará uma receita para tratá-la.

Como diagnosticar

O único jeito de diagnosticar vaginose bacteriana é pelo exame médico e análise do corrimento vaginal. Seu médico usará um cotonete para retirar um pouco de amostra de seu corrimento vaginal. Ele poderá medir a acidez do corrimento com um papel que mede o pH. Se sua vagina estiver menos ácida do que o normal (pH maior do que 4.5), pode ser um sinal de que você está com vaginose bacteriana. Seu médico poderá olhar a amostra sob o microscópio. Se a bactéria normal (lactobacilli) não estiver presente, mas muitas “clue cells” (células do epitélio vaginal que são revestidas com a bactéria) estiverem presente, é provável que você tenha vaginose bacteriana. Seu médico irá verificar se você tem pelo menos 3 dos 4 sintomas a baixo:

  1. Pequeno corrimento esbranquiçado

  2. Clue cells

  3. pH>4.5

  4. Odor de peixe (do corrimento)

  1. Há também alguns exames especiais no consultório que podem ajudar a fazer o diagnóstico.

  2. Como tratar

  3. Se você apresentar vaginose bacteriana, seu médico provavelmente receitará a você um creme vaginal com aplicador ou um comprimido que você tomará via oral. Você deverá avisar para o médico sobre outros medicamentos que você estiver tomando. Se você usar o gel ou creme vaginal , você não poderá usar absorvente durante o tratamento, porque ele irá absorver a medicação e fará com que ela seja menos efetiva. Metronidazol ou clindamicina são dois antibióticos usados no tratamento da vaginose bacteriana. Ambas medicações são efetivas, mas você precisa ter certeza que irá tomar TODO o remédio para que ele funcione. Muitas mulheres escolhem o gel vaginal, porque os comprimidos podem causar náuseas e hálito metálico. Outras preferem a medicação oral porque elas não se sentem confortáveis em colocar um creme na vagina. Ambos ajudam a tratar a VB.

  4. Você não deve fazer duchas vaginais ou usar sprays desodorantes. Embora eles possam ajudar a esconder o odor, não irão curar a infecção e podem inclusive piorá-la.

  5. Preservativos podem ajudar a diminuir a chance de desenvolver vaginose bacteriana se você for sexualmente ativa, porque ajudam a impedir o sêmen de mudar as bactérias vaginais. Mesmo que a vaginose bacteriana seja mais comum em mulheres jovens que têm relações sexuais com muitos parceiros, o tratamento do parceiro masculino não previne futuras vaginoses bacterianas.

  6. Posso ter vaginose bacteriana novamente?

  7. Infelizmente, a vaginose bacteriana frequentemente volta mesmo que você tome todas as suas medicações e siga os conselhos do seu médico. Se seus sintomas retornarem, consulte seu médico. Você precisará ser tratada duas vezes por semana por um período mais longo.

  8. A vaginose bacteriana poderá causar outros problemas?

  9. A vaginose bacteriana poderá aumentar suas chances de contrair uma infecção pélvica séria chamada doença inflamatória pélvica (DIP), ou uma infecção após cirurgia do útero ou da vagina. Ela também pode aumentar suas chances de ter um parto prematuro (antes de 9 meses).

  10. Existe alguma complicação da vaginose bacteriana se ela não for tratada?

  11. Na maioria das vezes, a vaginose bacteriana é tratada, e não causa problemas. Entretanto, existem alguns riscos sobre os quais você precisa saber. Você pode estar mais propensa a contrair outras infecções sexualmente transmissíveis.

  12. A vaginose bacteriana pode aumentar o risco para doença inflamatória pélvica, a qual pode causar problemas de fertilidade no futuro. Grávidas que têm vaginose bacteriana estão mais propensas a ter bebês prematuros. Ainda não é claro se o tratamento da Vb durante a gestação previne o parto prematuro. O Center for Disease Control (CDC) recomenda o tratamento da VB se você apresentar sintomas ou se você for ser submetida a uma cirurgia vaginal ou uterina.

 

 

 

 

 

                               

 

                                     Incontinência Urinária Feminina

​A incontinência urinária é uma condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social. A incontinência urinária pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e econômicos.

Normalmente existe uma perfeita coordenação entre a bexiga e o esfíncter (músculo que funciona como uma válvula que fecha a uretra, impedindo a saída da urina). A maioria das pessoas possui completo controle sobre esse processo, permitindo o enchimento da bexiga entre 400 ml e 500 ml, sem que ocorram perdas urinárias. Na fase de enchimento, a bexiga está relaxada e o esfíncter contraído. Na fase de esvaziamento da bexiga, é necessária uma perfeita coordenação entre a contração do músculo da bexiga e o relaxamento do esfíncter. Esta coordenação é chamada de sinergismo vesicoesfincteriano.

Incontinência urinária nas mulheres

Milhões de mulheres no Brasil e em todo o mundo sofrem deste problema que causa a perda involuntária de urina e pode interferir nas suas atividades e na sua qualidade de vida. Uma vez que a incontinência urinária é um sintoma, é importante informar ao médico quando ocorre. Uma avaliação bem feita pode determinar a causa da incontinência.

As informações a seguir ajudam a entender melhor os sintomas, o diagnóstico e tratamento do problema.

Quem é afetado e quais os motivos

Estima-se que mais de 8 milhões de brasileiros tenham incontinência urinária, problema que pode acometer homens e mulheres de todas as idades, raças e níveis socioeconômicos. Entre as pessoas com idade superior a 60 anos, acredita-se que de 30 a 60% tenham incontinência. Mulheres são mais predispostas do que homens. Entre os idosos que vivem em casas de repouso pelo menos 50% apresentam incontinência urinária.

O número exato de pessoas com incontinência urinária não é conhecido, mas pode superar bastante as estimativas citadas. Diferentes doenças podem causar os sintomas. Algumas delas são transitórias e facilmente tratáveis, como infecções urinárias e vaginais, efeitos colaterais de medicamentos e constipação intestinal, mas outras causas podem ser duradouras ou permanentes.

Entre elas destacam-se doenças como a bexiga hiperativa, fraqueza dos músculos que sustentam a bexiga (bexiga caída e incontinência urinária de esforço), fraqueza do músculo esfincteriano que envolve a uretra, defeitos de nascimento, doenças e lesões da medula, cirurgias sobre a bexiga, órgãos genitais femininos e outros órgãos pélvicos, doenças que afetam os nervos ou músculos (derrame cerebral, esclerose múltipla, poliomielite, distrofia muscular etc.). Em alguns pacientes mais de uma causa podem estar presentes.

Causas da incontinência

  • Infecções urinárias ou vaginais.

  • Efeitos colaterais de medicamentos.

  • Constipação intestinal.

  • Fraqueza de alguns músculos.

  • Obstrução da uretra pelo aumento da próstata.

  • Doenças que afetam os nervos ou músculos.

  • Alguns tipos de cirurgia ginecológica e outras.

Para a maioria das pacientes, a incontinência não é somente um problema médico, afetando também seu bem-estar emocional, psicológico e social. Muitas deixam de realizar atividades cotidianas que possam afastá-las do banheiro por algum tempo. Por esta razão, é muito importante saber que a grande maioria das causas de incontinência pode ser tratada com sucesso.

Diferenças entre os vários tipos de incontinência

Classifica-se a incontinência pelos sintomas ou pelas circunstâncias que ocorrem no momento da perda de urina. A seguir descrevemos os tipos mais comuns:

Incontinência de esforço – Pode ser devida à fraqueza dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga ou à fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Nesta circunstância pode ocorrer vazamento de urina quando você faz qualquer atividade que força o abdômen, como tossir, espirrar, dar risada, carregar peso ou até mesmo andar. Algumas pacientes vão com muita frequência ao banheiro para manter a bexiga sempre vazia e diminuir a chance de acidentes. Muitas evitam exercícios físicos com o mesmo objetivo. A maioria permanece seca à noite, mas podem molhar-se ao levantarem para ir ao banheiro.

A incontinência de esforço ocorre frequentemente em mulheres com fraqueza dos músculos do assoalho pélvico e frequentemente pode haver prolapso da bexiga, útero ou intestino ("bexiga caída"). É mais frequente em mulheres que tiveram partos vaginais, embora possa ocorrer também em mulheres que tiveram seus filhos por cesariana e até mesmo em mulheres que nunca tiveram filhos.

Em homens, a incontinência de esforço é geralmente causada por cirurgias ou traumatismos da próstata e uretra.

Urge-incontinência – Resulta quando a bexiga contrai-se sem a sua vontade e por isso também recebe o nome de bexiga hiperativa. Você pode ter a sensação de que precisa correr para o banheiro, mas muitas vezes não consegue chegar a tempo de evitar o escape de urina. Por vezes pode perder urina sem que haja nenhum sinal antes. Algumas pacientes vão ao banheiro com intervalos muito curtos e acordam várias vezes durante o sono para esvaziar a bexiga.

A bexiga pode tornar-se hiperativa devido a uma infecção que inflame a sua superfície interna. Os nervos que normalmente controlam a bexiga também podem ser responsáveis pela hiperatividade vesical. Pacientes com doenças neurológicas frequentemente apresentam incontinência urinária como resultado da perda do controle normal sobre os nervos da bexiga. Em muitos casos, entretanto, a causa pode ser indeterminada.

Incontinência mista – Corresponde à combinação dos dois tipos de incontinência descritos acima (de esforço e urge-incontinência).

Incontinência por fístula urinária – A fístula urinária é uma comunicação anômala entre um órgão do trato urinário (geralmente a bexiga, mas podendo também envolver os ureteres) e a vagina (raramente a comunicação pode ser com a uretra, útero ou intestino). Estas comunicações anômalas são geralmente resultado de um procedimento cirúrgico prévio, processos inflamatórios, traumatismos ou irradiação. A incontinência geralmente é contínua e muito severa, pois a paciente permanece com gotejamento contínuo de urina. A investigação destes casos requer exames de imagem e endoscópicos e a correção geralmente requer cirurgia.

Incontinência urinária e distúrbios da micção após cirurgias ginecológicas e outras – Pacientes com incontinência urinária e outros distúrbios da micção que procuram um urologista para tratamento frequentemente já foram submetidas a algum tipo de cirurgia pélvica ou ginecológica. Na maior parte das vezes estas cirurgias prévias não têm qualquer relação com os sintomas atuais. Por vezes, entretanto, estas cirurgias podem contribuir para os sintomas atuais e até mesmo ser responsáveis por eles. Cirurgias para retirada de tumores ginecológicos podem afetar a integridade dos nervos que vão para a bexiga e propiciar um distúrbio no controle voluntário da mesma. Outras cirurgias podem afetar a integridade do esfíncter uretral, enfraquecendo-o e facilitando a perda de urina. As fístulas urinárias também podem ser resultantes de cirurgias ginecológicas. A radioterapia pélvica também pode exercer efeitos semelhantes sobre a bexiga e o esfíncter até anos após a sua realização. Mesmo cirurgias para correção de incontinência urinária podem agravar os sintomas de algumas pacientes, com piora da intensidade das perdas ou com o aparecimento de dificuldade para urinar após a cirurgia.

Incontinência por transbordamento – Ocorre quando a bexiga fica tão cheia que chega a transbordar. Pode ser causada pelo enfraquecimento do músculo da bexiga ou pela obstrução à saída de urina. O aumento da próstata pode resultar nesta obstrução. Por esta razão, este tipo de incontinência é mais frequente em homens. Enfraquecimento do músculo da bexiga pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, mas ocorre principalmente em pacientes com diabetes, etilistas crônicos e alguns tipos de distúrbios neurológicos.

Incontinência ambiental ou funcional – Ocorre quando a pessoa não consegue chegar ao banheiro ou não tem acesso a um urinol quando precisa. Nestes casos, embora o sistema urinário funcione bem, limitações físicas, mentais ou outras circunstâncias impedem que a pessoa utilize normalmente o banheiro.

Enurese noturna – É a incontinência que ocorre durante o sono. O exemplo mais típico é o da criança que faz xixi na cama. Embora a maioria das crianças já tenha aprendido a controlar a micção em torno dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que algumas crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.

Alguns indivíduos podem ter duas ou mais causas de incontinência. Nestes casos, as causas devem ser estudadas e determinadas para que se estabeleça um plano adequado de tratamento.

Exames para diagnóstico da incontinência

O primeiro passo na investigação da incontinência urinária é procurar um médico e informá-lo sobre sua história médica e a forma como os sintomas afetam sua vida. Para isto, é importante você informar:

  • Todos os medicamentos que está usando atualmente.

  • Datas e resultados de todos os exames e cirurgias por que você passou que estejam relacionados à bexiga.

  • Hábitos de micção (criando um diário miccional).

Dependendo do tipo e das causas possíveis da sua incontinência, alguns dos exames descritos a seguir poderão ser solicitados pelo seu médico para ajudar a diagnosticar com precisão a causa da incontinência e permitir a elaboração de um plano de tratamento apropriado.

  • Exame de urina – Você será solicitado a colher uma amostra de urina que será examinada para pesquisar a presença de infecção, sangue e outras anormalidades.

  • Medida do resíduo miccional – Este exame é realizado para saber se alguma quantidade de urina sobra na bexiga após a pessoa terminar de urinar. Isto pode ser feito através da inserção de um tubo flexível de plástico fino (chamado cateter) pela uretra até a bexiga para esvaziá-la completamente. Outro método que pode ser utilizado é a medição com aparelho de ultrassom.

  • Ultrassom – Pode avaliar o tamanho, a forma e outras características dos rins, da próstata e da bexiga.

  • Cistoscopia – Consiste na inserção de um aparelho ótico fino através da uretra até a bexiga (ilustração). Permite ao urologista avaliar as características internas da uretra e da bexiga.

  • Teste de esforço – Com a bexiga parcialmente cheia, você é solicitada a tossir, ficar em pé, fazer força na barriga ou outras atividades para determinar se as mesmas causam perda de urina e com que intensidade.

  • Exame urodinâmico – Avalia as funções da bexiga e do esfíncter. Usando diferentes modalidades de investigação, o examinador estuda a sensibilidade de sua bexiga, a sua capacidade de armazenar urina e a eficiência com que ela se esvazia. Pode-se determinar ainda se a bexiga está obstruída e se o esfíncter está enfraquecido. Os resultados deste exame muitas vezes são importantes para orientar sobre a necessidade ou não de uma cirurgia.

 

 

 

 

                                             

                                             Miomatose Uterina

Miomas uterinos, também conhecidos como fibroma, fibromioma, leiomiofibroma e fibróide, são neoplasias benignas encontradas no útero.

São compostos de tecido muscular e são as massas uterinas mais comumente encontradas, com incidência em torno de 20% a 30% em mulheres que estão em idade reprodutiva, sendo mais frequentemente encontrados em mulheres de 30 a 40 anos de idade. Estes tumores são mais comuns em mulheres negras (50%), nas brancas ocorre em 25% e menos freqüente nas asiáticas.

Aproximadamente 30% dos casos apresentam manifestações clínicas como irregularidades no ciclo menstrual, sendo a menorragia a mais frequente. O aumento do volume uterino normalmente resulta em um aumento da pressão pélvica, relacionada a dor e compressão de outras estruturas, como reto e bexiga, causando constipação e incontinência urinária. Outros problemas como complicações durante a gravidez e infertilidade também podem estar relacionados ao quadro clínico.

O diagnóstico do mioma uterino é feito por meio da associação de dados do exame ginecológico e achados de imagem, devendo-se diferenciar de outras afecções como endometriose, adenomiose, carcinoma de endométrio e hemorragia uterina disfuncional. Desses, com exceção deste último, que é diagnóstico de exclusão, as outras enfermidades podem coexistir com o mioma uterino, dificultando seu diagnóstico e tratamento.

Alguns exames como ecografia transabdominal, endovaginal, ressonância nuclear magnética, histerossalpingografia, histeroscopia e recentemente a histerossonografia têm contribuído para diagnóstico e localização dessa neoplasia, possibilitando assim a escolha do tratamento mais adequado.

Alguns pesquisadores dizem que quando não há sintomas, o paciente não deve ser tratado, e sim, mantido sob observação clínica, com a realização de exames anuais. Outros pesquisadores defendem o tratamento de casos com volume uterino compatível com 12 ou mais semanas de gestação, mesmo quando assintomático.

Médicos especialistas definem que a medicação ideal usado no tratamento do mioma uterino deveria ter as seguintes características:

  • Capacidade de evitar o surgimento de novos nódulos e reduzir os já existentes ou remanescentes de procedimento conservador;

  • Baixa toxicidade para minimizar o impacto na qualidade de vida do paciente, aumentando assim a aderência ao tratamento;

  • Aliviar e controlar sintomas como menorragia;

  • Administração via oral ou de depósito;

  • Baixo custo;

  • Ter indicações claras.

Os fármacos existentes atualmente estão longe de alcançar esse ideal, todavia, medicamentos como análogos do GnRH surgem como boas alternativas.

Os antiinflamatórios não hormonais são utilizados como primeira alternativa, objetivando controlar a dor pélvica, com pouco efeito sobre a menorragia. No entanto, seu uso a longo prazo pode aumentar as chances de sangramentos gastrointestinais e úlceras.

Os progestágenos também são utilizados como primeira linha no tratamento de miomas uterinos, visando o controle da menorragia. Contudo, poucos estudos suportam a hipótese de seu uso para controle de crescimento tumoral.

A remoção cirúrgica do mioma varia, entre outros condicionantes, com o desejo reprodutivo da paciente. De acordo com o número, localização e tamanho dos nódulos, a cirurgia pode ser feita por via histeroscópica, laparoscópica ou por laparotomia.

Sífilis e sífilis congênita, Dr Marcelo Zaccaro
Vaginose Bacteriana, Dr. Marcelo Zaccaro
Incontinência Urinária, Dr. Marcelo Zaccaro
Miomas Uterinos, Dr Marcelo Zaccaro
Pesquisa de infertilidade, Dr. Marcelo Zaccaro
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